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Jejum: de que adianta não comer carne, se você devora seu irmão?

Leia mais:Jejum: de que adianta não comer carne, se você devora seu irmão? Uma grande lição para esta quaresma: se você faz jejum, demonstre isso com suas obras

São João Crisóstomo ensina:

“A honra do jejum consiste não na abstinência da comida, mas em evitar as ações pecaminosas; quem limita o seu jejum apenas à abstinência de carnes o desonra. Praticas o jejum? Prova-me por tuas obras! Perguntas que tipo de obras?

Se vires um inimigo, reconcilia-te com ele!
Se vires um amigo tendo sucesso, não o inveje!
Se vires uma mulher bonita, passe sem olhar!
Que não apenas a boca jejue, mas também os olhos, e os ouvidos, e os pés, e as mãos, e todos os membros de nossos corpos.
Que as mãos jejuem sendo puras da avareza e da rapina.
Que os pés jejuem, deixando de caminhar para espetáculos imorais.
Que os olhos jejuem, não se detendo sobre feições belas, ou se ocupando de belezas exóticas.

Pois o que é visto é a comida dos olhos, mas se o que for visto for imoral ou proibido, macula-se o jejum e perturba toda a segurança da alma;ma se for moral e seguro, o que é visto adorna o jejum. Pois seria absurdo abster-se da comida permitida por causa do jejum, mas devem os olhos absterem-se até de tocar o que é proibido. Não comes carne? Então não se alimente de luxúria através dos olhos.

Que também os ouvidos jejuem. O jejum dos ouvidos consiste em recusar-se a ouvir assuntos perversos e calúnias. ‘Não receberás notícias falsas’, já foi dito.

Que a boca também jejue de falar coisas vergonhosas e de ficar reclamando. Pois que ganhas se te absténs de pássaros e peixes, e mesmo assim mordes e devoras teu próximo? O que tem fala maligna come a carne de seu irmão, e morde o corpo de seu próximo.”

O que São João Crisóstomo nos diz com esta reflexão?

Que os dias de jejum devem ser especialmente dias para evitarmos o uso desordenado ou inclusive exagerado dos outros sentidos: evitar o que não devo fazer, falar, ouvir, desejar; não buscar satisfazer todas as minhas necessidades emocionais e espirituais; não buscar a todo custo saciar minha solidão; não querer saber tudo; não exigir respostas imediatas a tudo o que vier à minha mente etc.

Nós jejuamos buscando a conversão. Portanto, jejuemos de todas estas atitudes contrárias à virtude. Talvez o seu jejum consista em ser mais serviçal (jejum da sua preguiça e comodidade), pois, assim como precisamos rezar com o coração, também precisamos jejuar com o coração.

Talvez você tenha de jejuar da sua ira, sendo mais amável, mais dócil. Ou jejuar da sua soberba, buscando ativamente viver a humildade em atos concretos.

 

Fonte: Aleteia (Scott Fredrickson Corazones.org) - Disponivel em: http://pt.aleteia.org/2016/02/10/jejum-de-que-adianta-nao-comer-carne-se-voce-devora-seu-irmao/

Foto discponivel em: http://arquifln.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=6744&cod_002=5

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O maior inimigo da vida de oração

Leia mais:O maior inimigo da vida de oraçãoHá uma grande escolha na vida cotidiana de oração: é a leviandade, a inconstância natural do homem.

Essa inconstância tem a sua origem na inteligência e engendra, quando não combatida, a apatia da vontade e termina infalivelmente na tibieza.

O espírito leviano é oposto ao espírito refletido. A inteligência superficial não permite à ideia penetrar em si e aí deitar raízes. Além disso, como está completamente coberta pelos matos dos pensamentos vãos, das preocupações fúteis e dos apegos às coisas criadas, a semente da graça, apenas recebida, é logo sufocada.

Uma alma leviana vive na superfície das coisas. Mesmo durante a oração, não reflete, não penetra a verdade proposta, não se prende à consideração das coisas do além.

Nunca foi tocada pelas máximas do Evangelho, pelas perfeições de Deus, pelos direitos imprescritíveis de seu soberano domínio, pelos pensamentos salutares dos santos.

Não considerou o amor do qual tem sido objeto por parte de Jesus, nem a alegria íntima que lhe poderia causar, por sua vez, dando-se a Ele, nem a glória eterna que uma pequena criatura poderia dar ao grande Deus da eternidade.

Tal alma também nunca pensou seriamente no perigo de não conseguir a sua salivação, nem no furor dos demônios contra ela, nem na indizível fraqueza humana, ante a tentação.

A alma irrefletida é, pois, semelhante a uma barqueta frágil, lançada sem leme no vasto oceano.

As ondas das impressões, dos acontecimentos, dos sucessos e dos contratempos, lançam-na continuamente para cá e para lá, chocam-se contra ela, empurram-na, sacodem-na em todos os sentidos, sem que ela possa resistir e, cedo ou tarde, acabará por soçobrar.

Assim, a alma leviana deixa vagar o seu espírito ao acaso. Não tem nem ordem nem nexo na sua vida, na sua oração e nas suas ocupações. Falta-lhe um fim único, uma ideia-mestra, um polo capaz de atrair e de fixar seus pensamentos, os seus desejos e toda a sua atividade.

Este polo é Jesus, o seu amor soberano. Mas a alma leviana não aproveitou o tempo para se deixar fascinar por Ele. Ainda não pôde impor-se o esforço de fixar o espírito nesse divino Mestre; nos mistérios da sua vida e nas torturas da sua morte. Também não alcançará a santidade.

Todavia, não confundamos essa infeliz disposição com o estado das almas sinceras, atormentadas sem descanso pelas distrações involuntárias, durante a meditação e os exercícios de piedade. Estas frequentemente sofrem bastante e às vezes deixam-se invadir pelo desânimo. Parece-lhes não poderem chegar a gozar do santo recolhimento tão necessário à sua santidade.

Almas confiantes: não vos causeis inútil mágoa! Podeis chegar à perfeição apesar de vossas distrações. Deus quis fazer para São Luís Gonzaga de libertá-lo de toda divagação do espírito durante a oração, mas teria podido também santifica-lo, inspirando-lhe simplesmente de tirar partido de sua fraqueza natural e dando-lhe a força de nunca se deter nas distrações voluntariamente.

Os maiores santos tiveram divagações do espírito e da imaginação, mas, como disse Cassiano, não deram mais importância a elas do que às moscas que esvoaçam ao redor de nós.

Segundo São Pedro Damião, o profeta Elias, que por sua oração impediu o céu de lançar um pingo de chuva durante três anos, não foi isento de distrações. É, com efeito, mais fácil, diz ele, fechar o céu do que nossa alma, e torna-la impenetrável às distrações (cf. Sermo In Vig. Nativ.).

Muitas vezes, as almas inexperientes imaginam orar mal por que têm uma divagação de espírito. Não sabem que as distrações são uma consequência da nossa instabilidade natural.

Recebemos de Deus uma vontade livre. É a soberana das outras faculdades. Mas seu império é imperfeito. Tem pouco poder sobre a imaginação, não pode evitar todas as apresentações, todas as lembranças do passado, não pode mesmo impor sempre um objetivo à inteligência.

A nossa inteligência, aliás, também é limitada. Inteiramente absorvida por uma ocupação, não a deixa facilmente para abordar outra. Quando a corda de um arco foi violentamente esticada, pode imediatamente recuperar sua primeira posição e cessar de vibrar?

Sem dúvida, a nossa inteligência é uma faculdade espiritual, mas tira seu objetivo dos sentidos, da imaginação. Não pode, pois, subtrair-se inteiramente às leis da matéria. A vontade nem sempre poderia, por uma simples ordem, a força-la à obediência.

A este motivo ajunta-se outro: um grande número de distrações provém da doença, da indisposição, da fadiga do corpo. Quando este está amolecido ou esgotado ou simplesmente mal disposto, a alma não se pode servir dele à sua vontade. Então as distrações molestam-na.

Que deve fazer, pois, a alma confiante perseguida pelas distrações?

Antes de tudo, de nada serve exasperar-se contra si, impacientar-se ou mesmo afligir-se. Nem o corpo, nem a alma são responsáveis pelas divagações.

É preciso transformar a necessidade em virtude, aceitar pela vontade o estado de impotência, alegrar-se perante Deus por ser incapaz por si só de todo bom pensamento, refugiar-se na alma da Santíssima Virgem, e encarrega-la de amar nosso Senhor no seu lugar. Ao mesmo tempo, é necessário levar a luta contra as distrações, com denodo e sem se cansar.

Assim que percebemos que a inteligência ou a imaginação fugiram, é necessário reconduzi-las com mansidão, porém resolutamente. Devêssemos recomeçar cem vezes durante uma meditação, sem nos queixarmos nem lamentarmos.

Cada olhar voluntário para Deus é um ato de amor, conquistado a ponta de espada. Cada um deles produz na alma o seu fruto, como sejam suaves colóquios com Deus.

Devemos persuadir-nos bem: a única coisa que desagrada a Deus é a vontade afastando-se d’Ele voluntariamente.

A distração, não aceita voluntariamente, não afasta a alma de Deus.

Não é pelas ideias que agradamos a Deus, mas pela conformidade da nossa vontade ao seu beneplácito.

Diante de Deus só a vontade vale, em bem ou em mal. Quem não chega a compreender esse princípio, nunca terá paz.

Deus não pode pedir contas do que está em nós, porque é justo. Não quer pedir-nos conta, porque é bom e cheio de misericórdia.

Se fosse a vontade de Deus ser servido sem distrações, ter-nos-ia dado uma natureza semelhante à dos anjos, uma natureza espiritual livre das necessidades do corpo e liberta de toda impressão sensível. Não o fez, encontrando tanta glória em ser adorado e amado por uma criatura feita de barro, como pelos puros espíritos livres de distrações.

É necessário mesmo, por delicadeza, não se queixar a Nosso Senhor de ter distrações involuntárias no seu serviço.

Queixar-se, afligir-se, significaria um desejo de ser diferente, e uma certa vergonha de estar sujeito às enfermidades humanas, o que insinuaria que serviríamos mais perfeitamente a Deus e com mais glória para Ele, se fôssemos anjos.

Não digamos isto! Não o pensemos; não contristemos Jesus fazendo-lhe crer que não estamos contentes.

Sirvamo-lo onde Ele nos colocou, de boa vontade, da maneira que uma criatura de barro pode servi-lo, porém com o coração alegre e o rosto sereno.

Demos-lhe a satisfação de fazer desse verme da terra um serafim de amor, chamado para ocupar dignamente seu lugar entre os mais elevados espíritos.

Que alegria para uma alma humildemente confiante ver as misérias da sua natureza humana e poder dizer-se objeto de uma solicitude infinita por parte de Deus todo poderoso; saber que esse soberano Senhor fica tão comovido vendo nossos pobres esforços para afastar as distrações como escutando o arrebatador concerto dos anjos no céu!

(Trecho retirado do livro: Almas Confiantes, José Schrijvers. Ed. Cultor de Livros)


Fonte: Aleteia - Disponivel em: http://pt.aleteia.org/2016/01/12/o-maior-inimigo-da-vida-de-oracao/

Foto disponivel em: http://www.missaofoiporvoce.com.br/home/a-oracao-abre-a-porta-da-nossa-vida-a-deus/ acesso em: 14/01/2016.

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São Domingos e a oração com o corpo: redescubra essa tradição católica

Leia mais:São Domingos e a oração com o corpo: redescubra essa tradição católica“Quando você ama, você expressa de muitas formas o que sente”

Se o diálogo com Deus é profundo, o corpo segue o coração e dança, como o rei Davi diante da Arca da Aliança, ou mexe as mãos, os braços, as pernas, desenhando com o movimento o ritmo do colóquio com o Mestre da Vida, como fazia São Domingos de Gusmão.

De uma janela com vista para a igreja de Santa Sabina, dentro daquele que foi o dormitório do antigo mosteiro dominicano do Aventino, em Roma, os primeiros companheiros do santo fundador da Ordem dos Pregadores o “espiavam” absorto em oração, assistindo ao seu dinamismo incansável. “Quando você ama”, diz a irmã Catherine Aubin, dominicana, professora da Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (“Angelicum”) e autora do livro Rezar com o corpo à maneira de São Domingos, “você expressa o que sente com gestos, palavras, sorrisos. O mesmo acontece na oração, que é uma conversa com Jesus, a quem queremos mostrar o nosso amor. Nos dias de hoje, nós nos esquecemos um pouco desta relação viva da oração com o corpo e com Deus”.

Felizmente para nós, os irmãos daquela época tomaram notas e relataram 9 modos de rezar de São Domingos e os transformaram em imagens de um livro. Esse documento serviu para ajudar os irmãos a orarem. “O primeiro testemunho é o grito de São Domingos: ‘Minha Misericórdia, o que estão para tornar-se os pecadores?’”, comenta a irmã Catherine. “Daí os movimentos: curvar profundamente a cabeça e as costas, prostrar-se, esforçar-se para se unir à Paixão de Cristo, ajoelhar-se e levantar-se, ficar de pé sem apoiar-se em nada, com as mãos abertas sobre o peito em escuta da Palavra, com os braços abertos como Jesus na cruz, com os braços alçados ao céu em sinal de súplica. A cada gesto corresponde uma atitude espiritual – humildade, arrependimento, confiança na misericórdia de Deus –, num percurso de três etapas que expressam a aceitação das próprias limitações de criatura e o encontro com Deus face a face, como um amigo”.

Com as duas últimas atitudes, São Domingos lê e escuta o que o Senhor lhe diz através da sua Palavra e, em seguida, compartilha a amizade de Jesus com os amigos no mundo. Domingos tinha a reputação de ser o “consolador” dos seus irmãos, “ajudando os outros a reencontrarem a dignidade e a vocação, que é a amizade de Deus”. A amizade com Jesus demanda o tempo de estar com Ele, mas também de caminhar compartilhando o próprio ser com o próximo.

A irmã Catherine viveu dez anos em Paris, numa comunidade dominicana em Saint Denis, onde entrou em contato com muitas pessoas que buscavam a harmonia interior por meio de técnicas de meditação do tipo “zen”. O exemplo de São Domingos recorda que “também na tradição católica existe uma pedagogia da oração com o corpo, que ajuda a encontrar a interioridade”. Rezar com o corpo ajuda a ir além da oração mental distraída, transformando-a em um “diálogo vivo ao longo de toda a jornada”.

Difícil? Menos do que parece. “Comecemos com gestos simples, como o sinal da cruz e o abrir das mãos. Vamos aos poucos encontrando a presença de Deus em nós mesmos”

 

Texto por:  Chiara Santomiero


Fonte: Aleteia - Diponivel em: http://pt.aleteia.org/2015/11/23/sao-domingos-e-a-oracao-com-o-corpo-redescubra-essa-tradicao-catolica/
Foto disponivel em: http://liturgia.net.br/sao-domingos-de-gusmao/

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Leigos e leigas: servidores do Reino

Leia mais:Leigos e leigas: servidores do ReinoNa Solenidade de Cristo Rei, celebramos a missão servidora de Jesus Cristo, que inaugurou o “reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz” (Prefácio: Cristo, rei do universo). Neste dia, recordamos o Dia Nacional dos Leigos e Leigas, servidores do Reino. São “homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja.” (Puebla, 786). Expressam, pela sua missão, a espiritualidade do serviço, que deve animar todos os evangelizadores. Seguem os passos de Jesus Cristo servidor.

Jesus, o Rei Servo

Toda a vida e a missão de Jesus Cristo pode ser lida sob a chave do “Servo”. Toda a sua existência foi caracterizada por uma missão serviçal. Aquele que “era de condição divina” ou “igual a Deus, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de Servo”. Entrou neste mundo “para fazer a vontade de Pai”, o servo filial do Pai. No ventre da “serva do Senhor” (Lc 1,38), quem era “de condição divina” (Fl 2,6) ou “igual a Deus” e, portanto, o Senhor, tornou-se o Messias “servo”. Na sua vida em Nazaré, obediente e “submisso” a José e Maria, aprende o ser servidor. No batismo, foi ungido pelo Espírito como o servo, para proclamar a Boa Nova aos pobres e libertar os que viviam na escravidão. No deserto, foi provado em sua vocação de Messias Servidor, sendo tentado a ser um poderoso dominador. Durante seu ministério, o seu alimento foi “fazer a vontade do Pai” (Jo 4,34). Ele se autocompreendeu a partir do Servo Sofredor de Isaías (Is 52,13-53,12) que se humilhou e, entregando-se à morte, foi contado entre os rebeldes. Ao chegar a sua “hora” (Jo 13,1), diz São João, da sua paixão, morte e glorificação, a comparou com o “grão de trigo”, que deve morrer para ser fecundo (cf. Jo 12,24). Ele como um grão de trigo, foi posto na terra para frutificar, morrer para dar vida.

A felicidade de servir

Ensinado os discípulos que o seguiam, depois de uma discussão deles disputando quem assumiria “os primeiros lugares no seu Reino” (Mc 10,35-45), Jesus mostra-lhes que devem pautar sua vida não pelo poder, mas pelo serviço. Se os chefes das nações abusam do poder e as tiranizam, dominando-as, na comunidade dos discípulos as relações devem basear-se no serviço, segundo a qual “quem deseja ser o primeiro deverá ser o servidor de todos” (Mc 9,35), seguindo o exemplo daquele que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Na conclusão do “lava-pés”, síntese do seu ensinamento, Jesus diz: “Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática.” (Jo 13,17).

“O leigo, sujeito na Igreja e no mundo, é o cristão maduro na fé, que fez o encontro pessoal com Jesus Cristo e se dispôs a segui-lo com todas as consequências dessa escolha.” (Estudos da CNBB 107, n.49). Tornar-se sujeito eclesial, servidor do Reino, esta é a vocação laical. Felizes vocês, os leigos e leigas servidores de Jesus Cristo e seu Reino em nossas comunidades e na sociedade. Vocês compreenderam que há muita alegria em servir e doar a vida. Parabéns!

Texto por: Dom Adelar Baruffi


Fonte: CNBB - Disponivel em: http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17646:leigos-e-leigas-servidores-do-reino&catid=2&Itemid=204
Foto disponivel em: http://www.sossobriedade.com.br/2013/12/servir-ao-proximo-a-terapia-que-liberta.html

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O Ano Santo da Misericórdia

Leia mais:O Ano Santo da MisericórdiaNo dia 13 de março, segundo aniversário da sua eleição, o Santo Padre anunciou oficialmente o 29º Jubileu da história da Igreja, defendendo que “ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus” e que a Igreja “é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém. As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior é o pecado, maior dever ser o amor que a Igreja manifesta aos que se convertem”.

A alusão às “portas escancaradas” quer lembrar que o Jubileu começa com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro e, por outro lado, vemos a metáfora da infinita misericórdia de Deus.

O papa chama o Jubileu de “O Ano Santo da Misericórdia”. É um Jubileu extraordinário. A bula do anúncio se chama “Misericordiae Vultus” (“O rosto da misericórdia”).

O início do Jubileu será no dia 8 de dezembro deste ano, festa da Imaculada Conceição, lembrando os 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, e termina na Festa de Cristo Rei do Universo em 2016, no dia 20 de novembro de 2016.

Na bula  o papa Francisco escreve: "Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa". É preciso salientar o primado da misericórdia na vida da Igreja.

O papa nos pede para pormos novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. O lema do Ano Santo é a exortação de Jesus: "Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso" (Lc 6, 36).

Queria escrever mais, mas o meu espaço acabou. Afinal, queria só abrir o apetite para você leitor(a) saborear nossa revista. A Bula fala tão bonito sobre a misericórdia que você não pode deixar de ler. Busque na Internet e mergulhemos todos nós na infinita misericórdia do Pai. Sejamos testemunhas da misericórdia.

                                                                        

Texto por: Dom Emanuel Messias de Oliveira - Bispo de Caratinga (MG)
Fonte: CNBB - Disponivel em:http://cnbb.org.br/
Foto disponivel em: http://www.arquidiocesemilitar.org.br/programacao-para-o-ano-santo-da-misericordia