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Deus nos deu o Céu como penhor da eternidade, diz Papa

Santo Padre ressaltou que a identidade cristã é a força do Espírito Santo, mas há o risco de tornarmos essa identidade “opaca” e hipócrita

Leia mais:Deus nos deu o Céu como penhor da eternidade, diz Papa Pelo Espírito Santo, Deus deu aos cristãos o Céu como “penhor” da eternidade. Mas esse dom, às vezes, é negligenciado por uma vida “opaca” e hipócrita. Foi o que afirmou o Papa Francisco, na homilia da Missa desta sexta-feira, 17, na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.

Francisco alerta sobre o risco de tornar a identidade cristã opaca e hipócrita / Foto: L’Osservatore Romano

Francisco definiu o Espírito Santo como o “selo” de luz com o qual Deus deu “o Céu em mãos” aos cristãos, que, muitas vezes, se esquivam dessa luz por uma vida de penumbra e, pior ainda, por uma luz simulada, que brilha na hipocrisia.

A homilia seguiu passo por passo as palavras de São Paulo, na Primeira Leitura, explicando aos cristãos de Éfeso que, por terem acreditado no Evangelho, receberam “o selo do Espírito Santo”. Com esse dom, afirmou o Papa, Deus não somente escolheu o homem, mas lhe deu um estilo, um modo de viver que não é somente um elenco de hábitos, é mais do que isso: é uma identidade.

“A nossa identidade é justamente esse selo, essa força do Espírito Santo que todos nós recebemos no batismo. E o Espírito Santo selou o nosso coração, mais do que isso, Ele caminha conosco. Esse Espírito que foi prometido – Jesus o prometeu – não somente nos dá a identidade, mas também o penhor de nossa herança. Com Ele começa o céu. Nós estamos vivendo esse céu, essa eternidade, porque fomos selados pelo Espírito Santo, que justamente é o início do céu, é o penhor, e o temos em mãos.”

Mas ter o céu como penhor de eternidade não evita que os cristãos deslizem em, pelo menos, um par de tentações, ressaltou o Papa. Primeiro, há o risco de tornar a identidade “opaca”. “É o Cristianismo morno. É Cristianismo, sim; vai à Missa aos domingos, sim; mas na sua vida não se vê a identidade. Vive como um pagão, mas é um cristão. É morno, torna opaca a nossa identidade”. Depois, há o risco da hipocrisia.

“E o outro pecado, aquele do qual Jesus falava aos discípulos e ouvimos: ‘Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia’. ‘Fazer de conta: eu faço de conta que sou cristão, mas não o sou’. Não sou transparente, digo uma coisa – ‘sim, sou cristão’–, mas faço outra que não é cristã”.

O Papa destacou, por fim, que uma vida cristã vivida segundo aquela identidade criada pelo Espírito Santo traz outros dons.

“Amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, brandura, autodomínio. E esse é o nosso caminho em direção ao céu, é a nossa estrada, do céu que já começa aqui. Porque temos essa identidade cristã, somos todos selados pelo Espírito Santo. Peçamos ao Senhor a graça de estarmos atentos a esse selo, a essa nossa identidade cristã, que não somente é prometida, mas já a temos em mãos como penhor”.

 

Fonte: Da Redação, com Rádio Vaticano. Diponivel em: http://papa.cancaonova.com/deus-nos-deu-o-ceu-como-penhor-da-eternidade-diz-papa/ acesso em 17/10/2014.

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Papa nomeia bispo auxiliar para arquidiocese de Goiânia

Leia mais:Papa nomeia bispo auxiliar para arquidiocese de GoiâniaO papa Francisco nomeou hoje, 8 de outubro, padre Levi Bonatto como bispo auxiliar da arquidiocese de Goiânia (GO). Atualmente, padre Levi é capelão do Centro Cultural Marumbi, em Curitiba (PR).

Natural de São José dos Pinhais (PR), padre Levi nasceu em 5 de dezembro de 1957. Formou-se em Economia pela Universidade Federal do Paraná e doutorou-se em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Santa Cruz de Roma. Foi professor adjunto do setor de Direito Canônico e do setor de Línguas no Studium Generale do Brasil da prelazia do Opus Dei. Durante nove anos foi capelão do Centro Cultural Esplanada e Alfa em São José dos Campos.

Além de capelão do Centro Cultural Marumbi, padre Levi exerce atividades pastorais voltadas à família e coordena a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz no Paraná.

 

Fonte CNBB - Papa nomeia bispo auxiliar para arquidiocese de Goiânia. disponivel em: http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/noticias/15117-papa-nomeia-bispo-auxiliar-para-arquidiocese-de-goiania-2 acesso em 08/10/2014

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Com Francisco no seguimento de Cristo, hoje

Leia mais:Com Francisco no seguimento de Cristo, hojeEm meados do ano de 1205 inicia-se para Francisco, filho de Pedro Bernardone, aquela estupenda aventura humana e espiritual que se concluirá, “tendo-se realizado nele todos os mistérios de Cristo”, na noite de 3 de outubro de 1226.

A escolha do evangelho como critério de vida tornou-o, em breve, presença transparente e fiel de Cristo que atraiu em torno dele irmãos sempre mais numerosos. Com eles, construiu uma fraternidade centrada no evangelho; para si e para eles quis que a santa mãe Igreja aprovasse a “forma de vida” que os identificava como homens penitentes, alimentados pela palavra e pelo mistério pascal, frades menores. É quase certo que foi no ano de 1209 que Inocêncio III reconhece e aprova o projeto de vida de Francisco do qual se origina a história do movimento franciscano em suas várias expressões institucionais, históricas e culturais.

Homem do evangelho

Francisco é o homem do evangelho: acreditou no evangelho, viveu o evangelho! É o homem que conserva, constantemente, o olhar do coração, fixo no mistério de Deus: Jesus Cristo feito carne, mediador entre o Pai e os homens, crucificado e ressuscitado. Sua aventura começa pelo ícone do Crucifixo de São Damião: “Vai, Francisco, e reconstrói a minha casa que está em ruínas!”. Daquele momento em diante, ele se tornou autêntico “construtor” da Igreja no testemunho e no anúncio do evangelho, que tomou, para si e para os frades, como Regra de vida.
Este mandato tornou-se para ele compromisso efetivo de evangelização através da sua própria existência simples e pobre e, dizem os biógrafos, por onde passava, chamava todos à conversão e a mudarem de vida, fixando o olhar interior em Jesus Cristo, para recomeçar dali com um sentido diferente da vida, com um novo olhar iluminado pela palavra do Senhor, com um coração capaz de perdoar e construir a paz. “Homem de um outro tempo”, o tempo eterno, o tempo de Deus, o tempo que não tem tempo, mas que é sempre o mesmo tempo atual em cada geração. Passaram-se oitocentos anos e, no entanto, ele continua vivo por causa daquela “utopia evangélica” que se mantém viva como brasas debaixo das cinzas do cotidiano.

 

Fonte: Milicia da Imaculada - Frei Joaquim A. Giermek, Com Francisco no seguimento de Cristo, hoje; Disponivel em: http://www.miliciadaimaculada.org.br/ver3/default.asp?pag_ID=2503 acesso em 06/10/2014.

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A presença da Virgem Maria nos ajuda a compreender o papel da mulher na Igreja

Para compreender melhor o papel e a missão da mulher na Igreja, voltemo-nos para a vocação da Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Deus. Nossa Senhora está na origem do Cristianismo, porque ela é a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja1. A figura feminina de “Maria oferece à Igreja o espelho em que esta é convidada a descobrir a sua identidade, bem como as disposições do coração, as atitudes e os gestos que Deus dela espera”2. O exemplo singular de “Maria, com as suas disposições de escuta e acolhimento, de humildade, fidelidade, louvor e espera coloca a Igreja na continuidade da história espiritual de Israel”3. Embora essas sejam atitudes que deveriam ser típicas de todo o batizado, na realidade é típico da mulher vivê-las com especial intensidade e naturalidade.

Leia mais:A presença da Virgem Maria nos ajuda a compreender o papel da mulher na Igreja

Por suas disposições naturais e mais intensas para a escuta, para o acolhimento, a humildade, a fidelidade, o louvor e a espera, “as mulheres desempenham um papel de máxima importância na vida eclesial, lembrando essas disposições a todos os batizados e contribuindo de maneira ímpar para manifestar o verdadeiro rosto da Igreja, esposa de Cristo e mãe dos crentes”4. Nessa perspectiva, compreendemos que o fato da ordenação sacerdotal ser exclusivamente reservada aos homens5, não impede que as mulheres tenham acesso ao coração da vida cristã. Como a Virgem Maria, as mulheres são chamadas a ser modelos e testemunhas insubstituíveis para todos os cristãos de como a Esposa, que é a Igreja, deve responder com amor ao amor do Esposo, que é Cristo.

A Igreja já está presente na Encarnação do Verbo6, porém ainda não em sua forma institucional, com a sua hierarquia, sua doutrina, suas leis. “Em Maria a Igreja já assumiu a figura corpórea antes de estar organizada em Pedro”7. Como Maria, a Igreja é, desde o princípio, mãe, e tem como missão realizar essa maternidade, ou seja, gerar os filhos de Deus. Por isso, a Igreja é essencialmente feminina, no sentido que é esposa e mãe, por isso deve abrir-se ao Espírito Santo para que aconteça a geração dos filhos de Deus, principalmente nos sacramentos. A Virgem de Nazaré é modelo e figura da Igreja não somente enquanto imagem que se deva contemplar, mas é a sua plena realização. “A essência da Igreja é ‘mariana’”8, por isso, antes de ser instituição organizada, sua primeira missão é ser de Maria.

Esse ser mariano, marcado pelo ser esposa e mãe, revela à mulher a sua importância na Igreja. Maria está na origem da Igreja, é o modelo, desde o início de sua missão, de cooperar no mistério da salvação, que teve início na Anunciação9. Por isso, na constituição eclesial, a Virgem de Nazaré precede todos os outros membros, inclusive o próprio Pedro e os apóstolos. “’O perfil mariano (da Igreja) é anterior ao petrino […] e é mais elevado e proeminente, mais rico em implicações pessoais e comunitárias.’ O princípio mariano é, em vários aspectos, mais fundamental do que o princípio petrino. Isso significa que crer é mais importante que desempenhar um ministério na Igreja”10.

O princípio petrino é vivido pelo Papa e pelo colégio apostólico, com o auxílio dos presbíteros e diáconos, que dóceis à ação do Espírito Santo, permitem que o Protagonista da missão governe a Igreja por meio deles. Por sua vez, o princípio mariano reúne em si os fundamentos que sustentam a santidade da Igreja, pois é sempre uma porta aberta para o Espírito Santo. “O perfil mariano é vivido por todos os fiéis, todos os carismas, todos os profetas, todo o amor que se derrama no mundo, quando se vive a Palavra […], quando se deixa atuar o Espírito que move o coração dos fiéis. Não se trata de dois polos em tensão, de dois aspectos a serem equilibrados ou de duas realidades dialéticas”11. Não são duas realidades opostas, mas são dois rostos concretos que se querem, se servem e se necessitam. São dois rostos que se olham no único olhar de Cristo, que deu a vida por eles, e pelo qual também eles estão dispostos a dar a vida. “O mundo tenta arrancá-los da Igreja para que seja mais uma estrutura de poder, sem Maria; ou para que seja uma corrente de entusiasmo à deriva, sem Pedro”12.

A maternidade e a virgindade, que são garantia da fecundidade eclesial, nos ajudam a compreender que “a Igreja, no seu núcleo perfeito, deve ser designada como feminina”13. Desde o Antigo Testamento, o Povo de Deus está diante de YHWH descrito na pessoa feminina da noiva ou da esposa14. A Igreja da Nova Aliança, na sua relação com Cristo15, está à espera do desponsório, nas núpcias escatológicas entre o Cordeiro e a Esposa adornada para a festa16. “Esta feminilidade da Igreja é a realidade englobante (que diz respeito a toda a Igreja), enquanto o ministério assegurado pelos apóstolos e seus sucessores masculinos é mera função no interior desta realidade englobante. Essa relação devia ser olhada com muito mais atenção quando hoje se desenvolvem discussões sobre uma eventual participação da mulher no ministério sacerdotal. Vistas as coisas mais profundamente, a mulher renunciaria, com uma tal mudança, a um ‘mais’ por um ‘menos’”17.

A Virgem Maria é modelo de vida de missão para todos os cristãos, especialmente para as mulheres e para os chamados à vida consagrada. Nossa Senhora é protótipo, o primeiro modelo que a mulher pode contemplar para encontrar seu lugar e a sua missão na Igreja. A Virgem é também modelo dos movimentos eclesiais e o caminho que conduz ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso. A Mãe de Deus “é aquela que pode fazer com que o Cristianismo supere o risco imperceptível de tornar-se inumano e que a Igreja supere o perigo de se tornar uma função, sem alma”18. Sem este perfil mariano, “o Cristianismo ameaça desumanizar-se inadvertidamente. A Igreja torna-se funcionalística, sem alma, um fábrica febril incapaz de deter-se, perdida em projetos ruidosos”19. Em vista de sua missão, “resgatar a marianidade talvez seja o grande desafio da Igreja do Terceiro Milênio”20 e, nesta tarefa, a mulher tem um papel fundamental.

Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!

Referências:
1. Cf. Ef 1, 22; 5, 23; Cl 1, 18.
2. RATZINGER, Joseph. Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no Mundo, 15.
3. Idem, 16.
4. Idem, 16.
5. Cf. JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Ordinatio sacerdotalis: AAS 86 (1994), 545-548; Congregação para a Doutrina da Fé, Resposta à dúvida sobre a doutrina da Carta apostólica Ordinatio sacerdotalis: AAS 87 (1995), 1114.
6. Cf. Lc 1, 26-38.
7. Francisco das CHAGAS, “O perfil mariano da Igreja”, in Maria no coração da Igreja: múltiplos olhares sobre a Mariologia, São Paulo, 2011, p. 106.
8. Id., ibid.
9. Cf. Lc 1, 26-38.
10. Francisco das CHAGAS, “O perfil mariano da Igreja”, op. cit., p. 111.
11. Id., p. 113.
12. Id., ibid.
13. Joseph RATZINGER; Hans Urs Von BALTHASAR, Maria, Primeira Igreja, Coimbra, 1985, p. 110.
14. Cf. Jr 2, 2; 3, 14; Ez 16, 8-14.
15. Cf. 2 Cor 11, 2.
16. Cf. Ap 19, 7.
17. Joseph RATZINGER; Hans Urs Von BALTHASAR, op. Cit., p. 110.
18. Id., p. 113-114.
19. Id., ibid.
20. Id., p. 116.

Fonte:Canção Nova. Por Natalino Ueda, A presença da Virgem Maria nos ajuda a compreender o papel da mulher na Igreja. disponivel em: http://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/qual-o-papel-da-mulher-na-vida-da-igreja/ acesso em 05/10/2014.

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Texto base para a Campanha da Fraternidade 2015

Leia mais:Texto base para a Campanha da Fraternidade 2015Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

O texto base utilizado para auxiliar nas atividades da CF 2015 já está disponível nas Edições CNBB. O documento reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.

Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, explica que a Campanha da Fraternidade 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.

“Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta dom Leonardo.

Proposta do subsídio

O texto base está organizado em quatro partes. No primeiro capítulo são apresentadas reflexões sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.

Na segunda parte é aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus, à luz do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.

Já o terceiro capítulo debate uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Igreja à sociedade”. Nesta parte, o texto aponta sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nas dioceses, paróquias e comunidades.

O último capítulo do texto base apresenta os resultados da CF 2014, os projetos atendidos por região, prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade de 2013 (FNS) e as contribuições enviadas pelas dioceses, além de histórico das últimas Campanhas e temas discutidos nos anos anteriores.

Adquira o texto base da CF 2015: www.edicoescnbb.org.br ou (61) 2193.3019

Fonte: CNBB. Disponivel em: http://www.arquidiocesedegoiania.org.br/comunicacao/noticias/cnbb/1305-texto-base-para-a-cf-2015.html acesso em 05/09/2014.