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Evitar "lamentação teatral" e rezar por quem sofre, pede Papa

Santo Padre falou da oração nos momentos de lamentação, recordando o sofrimento dos cristãos expulsos de suas casas por causa da fé

Da Redação, com Rádio Vaticano

 Leia mais:Evitar O lamento também se torna oração nos momentos sombrios, mas é preciso se guardar das “lamentações de teatro”, disse o Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 30, na Casa Santa Marta. Ao falar de sofrimento, o Santo Padre recordou aqueles que vivem grandes tragédias, como os cristãos expulsos de suas casas por causa da fé, e reiterou a necessidade de rezar por eles.

O Pontífice concentrou sua homilia na Primeira Leitura, que mostra Jó amaldiçoando sua vida por ter perdido tudo. Diante dessa situação, Jó diz algumas palavras duras, que expressam a verdade do que ele está sentindo no momento. Essas lamentações podem parecer uma blasfêmia, mas, segundo o Papa, também constituem uma forma de oração.

“Jesus, quando se lamenta – ‘Pai, por que me abandonastes!’ – é uma blasfêmia? O mistério é este. Tantas vezes eu ouvi pessoas que estão vivendo situações difíceis, dolorosas, que perderam tanto ou se sentem sozinhas e abandonadas, e vêm se lamentar e fazem esta pergunta: ‘Por quê?’ Rebelam-se contra Deus. E eu digo: ‘Continue a rezar assim, porque também esta é uma oração’. Era uma oração quando Jesus disse ao seu Pai: ‘Por que me abandonastes!’”.

Da mesma forma, é uma oração a lamentação de Jó na Primeira Leitura, explicou o Papa Francisco, porque rezar é se tornar verdade diante de Deus. Jó rezou com a realidade, a verdadeira oração vem do coração, do momento que a pessoa vive, enfatizou. Esta é uma oração que surge nos momentos sombrios da vida, nos quais não há esperança.

“E tanta gente hoje está na situação de Jó. Tanta gente boa, como Jó, não entende o que aconteceu com elas, porque é assim. Tantos irmãos e irmãs que não têm esperança. Pensemos nas tragédias, nas grandes tragédias, por exemplo nestes nossos irmãos que, por serem cristãos, são expulsos de suas casas e ficam sem nada: ‘Mas, Senhor, eu acreditei em Ti. Por quê? Acreditar em Ti é uma maldição, Senhor?’”.

O Santo Padre também citou como exemplo os idosos deixados de lado, os doentes e pessoas sozinhas nos hospitais, lembrando que a Igreja toma para si esta dor e reza por eles. E muitas pessoas que não estão doentes, não passam fome nem têm necessidades importantes, quando passam por algum momento difícil, acreditam que são mártires e deixam de rezar.

Ainda há aqueles, segundo o Santo Padre, que ficam irritados com Deus e deixam de ir à Missa, e quando se pergunta o motivo de tal atitude, vê-se que é algo pequeno. Francisco mencionou o exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus, que, nos últimos dias de sua vida, ouvia dentro de si uma voz que lhe dizia que o “nada” a esperava. Mas ela não deixava de rezar.

“Tantas vezes passamos por esta situação, vivemos esta situação. E tanta gente que somente pensa em terminar no nada. E ela, Santa Teresinha, rezava e pedia força para seguir adiante, na escuridão. Isso se chama entrar em paciência. A nossa vida é muito fácil, as nossas lamentações são lamentações de teatro diante dessas [lamentações] de tanta gente, de tantos irmãos e irmãs que estão na escuridão, que quase perderam a esperança, que vivem aquele exílio de si mesmos, são nada! E Jesus fez este caminho: da noite no Monte das Oliveiras até a última palavra da Cruz: ‘Pai, por que me abandonastes!’”.

Sua Santidade indicou duas coisas que podem servir para nos auxiliar nos momentos de lamentação. A primeira é preparar-nos para esses momentos, preparar o coração. A segunda é rezar, como o faz a Igreja, pelos irmãos que sofrem com o exílio de si mesmos, no sofrimento e sem esperança. “É a oração da Igreja por estes ‘Jesus sofredores’ que estão em todos os lugares”.

 

Fonte:
Da Redação, com Rádio Vaticano; Evitar "lamentação teatral" e rezar por quem sofre, pede Papa. disponivel em: http://papa.cancaonova.com/evitar-lamentacao-teatral-e-rezar-por-quem-sofre-pede-papa/ acesso em: 04/10/2014.

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Síntese do Texto Base da CF 2014

Leia mais:Síntese do Texto Base da CF 2014A CNBB nos apresenta a Campanha da Fraternidade como itinerário de libertação pessoal, comunitária e social. Tráfico Humano e Fraternidade é o tema da Campanha para a quaresma em 2014. O lema é inspirado na carta aos Gálatas: “É para a Liberdade que Cristo nos libertou” (5,1).

O Tráfico Humano viola a grandeza de filhos, é cerceamento da liberdade e o desprezo da dignidade dos filhos e filhas de Deus. Resgatar essa dignidade, identificar as práticas de tráfico humano e denunciá-lo são objetivos dessa Campanha da Fraternidade. Mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar o mal do Tráfico Humano, a Campanha propõe-se a reivindicar dos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas e sensibilizar para a solidariedade com ações preventivas.

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Não ter medo da Confissão

Leia mais:Não ter medo da ConfissãoAudiência do dia 19 de fevereiro de 2014, cidade do Vaticano:

"Não ter medo da Confissão". Na Praça, delegação brasileira que acompanha Dom Orani

Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia de festa no Vaticano, com a presença de milhares de fiéis e peregrinos que participam da Audiência Geral com o Papa Francisco.

Nesta quarta, a festa foi ainda mais intensa, pois na Praça S. Pedro havia inúmeros cardeais que vieram a Roma para participar do Consistório no próximo sábado, dia 22, quando o Colégio Cardinalício ganhará 19 novos membros.

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Lectio Divina 2014

Leia mais:Lectio Divina 2014A lectio divina, leitura orante da Palavra de Deus, é um elemento de fundamental importância para a vida de todo cristão, afinal, a Palavra de Deus está na base de toda a espiritualidade cristã.Toda leitura da Palavra deve ser acompanhada de oração. A lectio é verdadeiramente capaz de desvendar o tesouro da Palavra de Deus e também de criar o encontro com a pessoa de Jesus Cristo, Palavra eterna do Pai.

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Campanha da Fraternidade 2014

Leia mais:Campanha da Fraternidade 2014Tema: “Fraternidade e Tráfico Humano”
Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”

A escolha do tema surgiu com a proposta dos Grupos de Trabalhos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de Combate ao Trabalho Escravo, junto à Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e a entidades ligadas à Pastoral da Mobilidade Humana.

A situação do tráfico humano no país e no mundo é alarmante: a Organização Internacional do Trabalho (OIT) atenta para o aumento de vítimas do tráfico humano, do trabalho forçado e do tráfico para a exploração sexual. De acordo como site da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano, incluindo homens, mulheres e crianças, mas principalmente pessoas vulneráveis e carentes – psicologicamente e de recursos.